A terceira idade é uma fase de muitas conquistas e, com o aumento da expectativa de vida, o cuidado com a saúde se torna uma prioridade absoluta. Na busca por tranquilidade e segurança, a contratação de um plano de saúde ideal é essencial.
Baseado nas dúvidas mais pesquisadas no Google, este guia vai direto ao ponto, respondendo às suas principais questões para que você tome a melhor decisão.
Por que Planos de Saúde para Idosos são mais caros?
A principal razão para o custo mais elevado é a mudança na frequência de uso dos serviços médicos.
- Maior Utilização: Com o avanço da idade, a necessidade de consultas, exames preventivos, tratamentos contínuos e, eventualmente, internações, aumenta. O risco de o plano ser acionado é maior.
- Ajuste por Faixa Etária: Os valores das mensalidades são definidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e costumam ser reajustados por faixas etárias. No entanto, é importante saber que, legalmente, após os 60 anos, o plano não pode mais aplicar reajustes por mudança de faixa etária. O último reajuste ocorre na faixa de 59 anos.
- Medicina Especializada: Muitos planos específicos para idosos oferecem serviços diferenciados (como programas de medicina preventiva e geriatria), o que impacta o valor final.
Existe Idade Máxima para Contratar um Plano de Saúde?
Não. A Lei dos Planos de Saúde (Lei nº 9.656/98), sob a fiscalização da ANS, proíbe a recusa de contratação de qualquer pessoa por motivo de idade ou condição de saúde (patologia/deficiência).
- Se for recusado: A operadora está sujeita a multas. Caso enfrente dificuldades, procure o PROCON, a ANS ou um advogado especialista em direito à saúde.
- Planos Sênior: Muitas operadoras oferecem linhas de planos especializadas, conhecidas como “Planos Sênior” ou “Planos 49+”, que são desenhadas para atender as necessidades específicas desse público.
Como a Carência e Doenças Pré-Existentes funcionam?
A carência é o tempo que você precisa esperar para usar determinados serviços após a contratação. Para idosos, as regras máximas estabelecidas pela ANS são cruciais:
Serviço | Prazo Máximo de Carência (ANS) |
Urgência e Emergência | 24 horas |
Consultas e Exames Simples | 180 dias |
Internações e Cirurgias | 180 dias |
Doenças ou Lesões Pré-existentes (DLP) | 720 dias (2 anos) |
- Portabilidade de Carências: Se o idoso já possui um plano de saúde, a portabilidade é um direito valioso que permite a mudança para uma nova operadora ou produto sem precisar cumprir as carências novamente (desde que atenda aos requisitos da ANS).
- Doenças Pré-Existentes (DLP): Se a doença for declarada no momento da contratação, o plano pode aplicar a Carência de 720 dias (2 anos) para procedimentos de alta complexidade, cirurgias e internações relacionados a essa DLP. O atendimento de urgência e emergência continua garantido.
Quais são os Critérios Essenciais na Hora de Escolher?
O plano ideal não é o mais barato, mas sim o que oferece o melhor custo-benefício adaptado às necessidades do idoso. Considere estes pilares:
Cobertura e Foco no Idoso
- Medicina Preventiva: Priorize planos com programas de acompanhamento de doenças crônicas, consultas preventivas, oficinas de saúde e atividades de bem-estar. O foco deve ser na longevidade.
- Especialidades: Verifique a cobertura e o acesso facilitado a Geriatras, Fisioterapeutas e Nutricionistas, que são essenciais para essa faixa etária.
- Assistência Domiciliar: Planos que incluem serviços como coleta de exames em casa ou acompanhamento domiciliar oferecem um conforto inestimável.
Rede Credenciada e Localização
- Proximidade: Verifique se os hospitais, clínicas e laboratórios da rede credenciada estão localizados próximos à residência. O deslocamento deve ser fácil.
- Qualidade: Pesquise a reputação e o Índice de Satisfação da operadora (disponível na ANS).
Estrutura de Custos (Coparticipação vs. Integral)
- Sem Coparticipação (Integral): O valor da mensalidade é mais alto, mas não há cobranças extras por consultas ou exames. É ideal para quem utiliza o plano com frequência.
- Com Coparticipação: A mensalidade é mais baixa, mas o beneficiário paga uma porcentagem (ou valor fixo) em cada procedimento. Pode ser vantajoso para idosos que usam o plano esporadicamente.